A vida na roça é assim, um ritmo próprio, um relógio marcado pelo sol e pela lua. De dia, a sinfonia da natureza ecoava pelos campos. O canto melodioso dos pássaros, um coral matinal, acompanhava o despertar dos moradores. Borboletas coloridas, como pequenas jóias aladas, dançavam entre as flores, pintando o ar com suas cores vibrantes. A cada estação, a natureza oferecia um espetáculo diferente. No outono, as folhas, em tons de amarelo, laranja e vermelho, caíam lentamente das árvores, como se estivessem dizendo adeus. Quando o sol se punha, pintando o céu de tons alaranjados e rosados, a vida na roça se concentrava no largo. Ali, sob a luz da lua, havia um pedrado, uma grande pedra onde a comunidade se reunia. Era lá que as mulheres preparavam o café, o feijão e o amendoim, enquanto os homens conversavam sobre o dia e os mais jovens brincavam. Juntos, saboreavam a comida caseira, simples, mas feita com muito carinho. Após o jantar, a família toda se reunia no pedrado, junto com os vi...